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Fuad Noman se ausenta de debate em Belo Horizonte; Bruno Engler critica prefeito e defende escolas cívico-militares

No primeiro turno, Fuad participou de três dos sete debates organizados, incluindo um realizado pela própria emissora em agosto
Fuad Noman se ausenta de debate em Belo Horizonte; Bruno Engler critica prefeito e defende escolas cívico-militares
Reprodução/TV Band Minas

Nesta segunda-feira (14), a TV Band Minas promoveu o primeiro debate do segundo turno das eleições municipais de Belo Horizonte, mas o evento foi transformado em uma entrevista de 45 minutos com o deputado estadual Bruno Engler (PL). A mudança ocorreu devido à ausência do prefeito e candidato à reeleição Fuad Noman (PSD), que alegou incompatibilidade de agenda entre suas funções como chefe do Executivo e candidato.

Com isso, a capital mineira se tornou a única do país onde não houve debate no segundo turno, segundo a Band. No primeiro turno, Fuad participou de três dos sete debates organizados, incluindo um realizado pela própria emissora em agosto.

Engler critica ausência e sugere alinhamento do prefeito com empresários

Bruno Engler, apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), criticou duramente a ausência do prefeito. Segundo ele, Fuad não compareceu para evitar “justificar o injustificável”. “Ele diz na TV que tem tolerância zero com empresas de ônibus, mas é financiado por empresários do setor”, afirmou o deputado. Engler também questionou a troca constante de secretários de educação e a queda do Ideb na cidade.

“O prefeito que não tem coragem de me enfrentar no debate jamais terá coragem de enfrentar o sistema, porque ele é a própria representação do sistema”, declarou.

Engler aproveitou a entrevista para reiterar sua proposta de implementar escolas cívico-militares na cidade, começando com um projeto-piloto. Segundo ele, o modelo traz resultados comprovados na educação. “Não é uma questão ideológica, é algo que funciona”, defendeu o candidato.

Vacinação e cloroquina na campanha de Engler

Durante a campanha, Bruno Engler enfrentou críticas por admitir que não tomou a vacina contra a Covid-19 e por ter defendido o uso da cloroquina, medicamento sem eficácia comprovada contra a doença. Questionado sobre o tema, o candidato declarou que incentivará campanhas de vacinação, principalmente nas escolas, mas evitou comentar sobre a cloroquina.

Ele também mencionou Jair Bolsonaro em dois momentos, elogiando a equipe ministerial do ex-presidente e destacando a compra de imunizantes durante a pandemia. “Assim que as vacinas foram aprovadas pela Anvisa, ele as comprou. Não é como o atual presidente [Lula], que enrola para adquirir a vacina da dengue”, comparou.

Proposta de redução de debates e liderança nas pesquisas

A campanha de Fuad havia sugerido uma redução no número de debates do segundo turno, propondo um formato conjunto entre as emissoras para limitar os encontros a apenas dois. A proposta, no entanto, foi recusada pelos veículos de comunicação e pela equipe de Bruno Engler, que considerou a estratégia uma tentativa de blindar o atual prefeito.

Nas pesquisas do instituto Datafolha divulgadas na semana passada, Fuad Noman lidera com 48% das intenções de voto, enquanto Bruno Engler aparece com 41%. Apesar da vantagem de sete pontos, Engler é o candidato mais rejeitado, com 48% dos eleitores afirmando que não votariam nele de forma alguma. Fuad tem 39% de rejeição.

No primeiro turno, realizado em 6 de outubro, Engler foi o mais votado, com 34,38% dos votos válidos, seguido por Fuad, que obteve 26,54%.

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Redação Bem Minas