As vendas do varejo ampliado em Minas Gerais, que abrangem setores como veículos, materiais de construção e atacado de alimentos, avançaram 0,9% na comparação entre agosto e setembro deste ano, abaixo da média nacional, que registrou 1,8%. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (12). Em relação ao mesmo período de 2023, o crescimento foi modesto, de apenas 0,1%.
Para o economista do C6 Bank, Heliezer Jacob, o resultado inferior em Minas Gerais reflete o desempenho enfraquecido de setores como atacado de alimentos e combustíveis, ambos afetados pela alta inflação estadual. Em comparação com setembro de 2023, o segmento de combustíveis no estado teve retração de 4,7%, percentual superior à média nacional, que ficou em -1,5%. No caso dos hipermercados, as vendas recuaram 2,9% em Minas, contrastando com um crescimento de 0,6% observado no país.
O varejo restrito, que exclui itens como veículos e materiais de construção, permaneceu estável em setembro (0,0%) no estado, desempenho também abaixo da média nacional de 0,5%. Em relação ao ano passado, houve uma queda de 1,1% nas vendas desse setor em Minas Gerais.
Apesar de um resultado mais modesto em setembro, o varejo ampliado brasileiro apresentou crescimento de 1% no terceiro trimestre em comparação ao anterior, o que deve impulsionar o Produto Interno Bruto (PIB) do país. A previsão para o PIB nacional é de uma alta de 0,6% no período, marcando uma desaceleração frente ao crescimento de 1,4% no segundo trimestre. Para 2024, a projeção de crescimento é mantida em 3,2%, com uma expectativa de 1,5% para 2025.