“A grandeza de um povo pode ser medida pela fraternidade. A coesão nacional, que não deve ser confundida com as manifestações patológicas do nacionalismo extremista, resulta do sentimento de solidariedade da cidadania. Essa solidariedade se expressa na consciência política. (…) Não celebramos, hoje, uma vitória política. Esta solenidade não é a do júbilo de uma facção que tenha submetido a outra, mas festa da conciliação nacional, em torno de um programa político amplo, destinado a abrir novo e fecundo tempo ao nosso País. A adesão aos princípios que defendemos não significa, necessariamente, a adesão ao governo que vamos chefiar. Ela se manifestará também no exercício da oposição. Não chegamos ao poder com o propósito de submeter a Nação a um projeto, mas com o de lutar para que ela reassuma, pela soberania do povo, o pleno controle sobre o Estado. A isso chamamos democracia”!
Discurso que Tancredo Neves, falecido há 37 anos, deveria ter lido no dia da sua posse na Presidência da República, em 15 de março de 1985.
A posse em suas cidades dos novos prefeitos em Minas Gerais, ao que se espera, deveria buscar inaugurar um novo ciclo de integração e solidariedade entre os munícipes, para construção de um projeto que traduza avanços e faça bem a todos.
Sem perder a consciência do atendimento às demandas coletivas, é desejado que todos levem suas contribuições, mas sem concessões de qualquer espécie, em nome do respeito ao bem comum e ao interesse público.
Esse é o novo momento que o país requer e deseja, para corrigir diferenças que nada constroem.