Nesta quarta-feira (22), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou, em Belo Horizonte (MG), o contrato de concessão de um trecho de 303,4 km da BR-381, conhecido como “rodovia da morte”. A iniciativa promete transformar a rodovia, reconhecida por sua alta taxa de acidentes, em uma via mais segura e moderna.
Obras e tarifas de pedágio
O trecho concedido vai da capital mineira até Governador Valadares, passando por cinco praças de pedágio planejadas para Caeté, João Monlevade, Jaguaraçu, Belo Oriente e Governador Valadares. A cobrança começará no 12º mês de concessão, após a conclusão das obras iniciais, como revitalização asfáltica e instalação de sinalização. A tarifa base por praça deve variar entre R$ 10,75 e R$ 13,75.
Investimentos e melhorias
Sob administração da Concessionária Nova 381, o projeto prevê um aporte de R$ 10 bilhões ao longo de 30 anos. Entre as 51 mudanças planejadas estão:
- Duplicação de 106 km;
- Criação de 83 km de faixas adicionais;
- Instalação de 23 passarelas para pedestres;
- Construção de áreas de escape e pontos de parada para caminhoneiros;
- Bases de apoio para atendimento emergencial e Centros de Controle de Operações (CCO).
Histórico e fluxo da rodovia
O trecho da BR-381 é vital para o escoamento de produtos industriais, interligando Minas Gerais, São Paulo e Espírito Santo. Apesar disso, sua estrutura precária, com pistas simples e má iluminação, contribuiu para sua fama de perigosa. Apenas nesta quarta-feira (22), três pessoas morreram em um acidente entre uma caminhonete e uma carreta na rodovia.
A concessão foi leiloada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) em 2024, com o consórcio 4UM Investimentos oferecendo um desconto de 0,94% sobre a tarifa básica. O projeto beneficia diretamente 13 cidades, com tráfego médio de 24,7 mil veículos por dia, e busca reduzir o número de acidentes e melhorar o transporte de cargas na região.