Nesta quinta-feira (30), em entrevista no Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que gostaria de ver o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disputando o governo de Minas Gerais. A declaração veio em meio a especulações sobre uma possível nomeação do senador para um ministério na iminente reforma ministerial.
Questionado por jornalistas sobre o futuro político de Pacheco, cujo mandato à frente do Senado se encerra neste sábado (01), Lula desconversou sobre uma eventual nomeação, mas foi direto ao expressar seu desejo: “Eu não posso dizer quem será [ministro]. Se pudesse, eu diria. Mas o que eu quero mesmo é que Pacheco seja governador de Minas Gerais.”
Desde outubro de 2024, a possibilidade de Pacheco integrar o primeiro escalão do governo federal tem sido ventilada, especialmente após o fortalecimento do Centrão nas eleições municipais. No entanto, o senador já reiterou sua intenção de permanecer no Senado até 2026, descartando as especulações sobre um cargo no Executivo.
A reforma ministerial planejada por Lula deve ocorrer até março. Uma das mudanças já definidas pelo Planalto é a nomeação da deputada federal e presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann (PR), para a Secretaria-Geral da Presidência. O presidente exaltou a competência da aliada, afirmando que ela poderia ser ministra “em qualquer país do mundo”.
Ainda sobre o futuro do governo, Lula evitou comentar críticas feitas pelo presidente do PSD, Gilberto Kassab, ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Kassab havia classificado Haddad como “fraco” e sugerido que, se a eleição presidencial ocorresse hoje, Lula não seria favorito à reeleição. O presidente, no entanto, minimizou a declaração. “Quando vi a fala do companheiro Kassab, apenas ri. Olhei no calendário e percebi que a eleição só acontece daqui a dois anos, então não há motivo para preocupação”, disse.
Em Minas Gerais, a sucessão do governo estadual já movimenta os bastidores políticos. O atual governador, Romeu Zema (Novo), declarou nesta terça-feira (28) que sua prioridade em 2026 será a eleição de seu sucessor, possivelmente o vice-governador Mateus Simões (Novo), nome defendido dentro do partido para disputar o cargo.