Nesta segunda-feira (20), o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) revelou em entrevistas que avalia concorrer ao Senado ou ao governo de Minas Gerais em 2026, caso seja aprovada uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que reduz a idade mínima para essas funções. A proposta, idealizada pelo também deputado federal Eros Biondini (PL-MG), tem como objetivo ampliar a participação dos jovens na política e beneficiar lideranças emergentes como Nikolas.
Alterações propostas pela PEC
A PEC pretende reduzir a idade mínima para concorrer aos cargos de presidente da República e senador de 35 para 30 anos. Para governadores estaduais, a mudança seria de 30 para 28 anos. No caso de deputados federais, estaduais e prefeitos, o requisito cairia de 21 para 20 anos. A medida é vista como uma forma de estimular maior inclusão de jovens em posições de liderança no Brasil.
Impacto direto para Nikolas Ferreira
Atualmente com 28 anos, o deputado mineiro estaria impedido de disputar o Senado ou a Presidência da República em 2026 pelas regras vigentes. Contudo, a aprovação da PEC abriria caminho para que ele concorra ao Senado, possibilidade que Nikolas considera estratégica. “Se essa PEC for aprovada, eu terei a oportunidade de representar Minas Gerais no Senado, que considero o equilíbrio entre os poderes”, afirmou.
Já para o governo de Minas Gerais, Ferreira já atende aos requisitos atuais e poderia disputar o cargo em 2026. Nas redes sociais, ele vem ganhando destaque, impulsionado por publicações que viralizam, como o recente vídeo com críticas à Receita Federal e ao governo federal, que acumulou mais de 315 milhões de visualizações.
Eros Biondini defende o projeto
Deputado aliado de Nikolas, Eros Biondini afirmou que a proposta foi inspirada no sucesso político do colega. “Não há dúvidas de que Nikolas Ferreira é o principal nome da direita em Minas Gerais e, com essa PEC, ele pode se consolidar como uma liderança nacional em 2026”, declarou.
O projeto ainda não foi protocolado na Câmara, mas Biondini pretende coletar as 171 assinaturas necessárias para formalizar a tramitação a partir de fevereiro, com o fim do recesso parlamentar. Após essa etapa, a PEC precisará ser analisada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e por uma comissão especial antes de ser votada no plenário em dois turnos.
Cenário político de 2026
Embora o nome de Nikolas esteja sendo cogitado, lideranças da direita também consideram outros possíveis candidatos para a eleição presidencial, como os governadores Tarcísio de Freitas (São Paulo) e Ronaldo Caiado (Goiás). Contudo, Eros Biondini destacou que, caso o ex-presidente Jair Bolsonaro fique inelegível, Nikolas poderia ser uma alternativa forte para liderar a chapa presidencial do Partido Liberal (PL).
Com o retorno das atividades legislativas, a PEC será um dos temas centrais nas articulações políticas da Câmara.