O edital de licitação do HMAL originado na FHEMIG, com o apoio da Secretaria de Estado da Saúde de MG e certamente impulsionado pelo Governo do Estado abriu a semana no TCE-MG, que em boa hora movimentou-se para analisá-lo mais detidamente.
Tal licitação, claro, será cancelada, tamanho o volume de contradições que ele traz. Uma delas é a doação dos equipamentos do hospital, que seriam entregues ao seu novo dono, sem sequer uma consulta ou manifestação da ALMG para que tal transação fosse aprovada; a cessão do prédio, gratuitamente, sem nenhuma condição já seria o bastante para arguir todo o resto da peça.
A entrega do HMAL seria apenas um teste, uma tentativa de que, passada a licitação, todo patrimônio assim fosse entregue no resto do Estado, para que a saúde em Minas passasse a ser meio-pública. Lembrando Maiakóvski, “na primeira noite eles se aproximam e roubam uma flor do nosso jardim. E não dizemos nada. Na segunda noite, já não se escondem, pisam as flores, matam nosso cão e não dizemos nada”.
Essa conduta está no projeto do atual governo Zema, de estado mínimo, no que têm uma certa razão: Zema é notoriamente incapaz de trabalhar a administração pública com resultados republicanos. Seu governo falacioso e varejista já deu.