O prefeito recém-eleito de São João Del Rey, cidade com 90 mil habitantes, talvez não soubesse o que iria encontrar na administração municipal, antes de sua posse em 01 de janeiro último.
O promotor de Justiça da Comarca, Antônio de Melo, intimou o prefeito Aurélio Suenes e o diretor-geral do DAMAE, Rômulo Viegas a assinarem um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para que as residências e o comércio da cidade, consumidores de água e dos serviços de esgotamento sanitário fornecidos pelo citado órgão, recebam a instalação de hidrômetros para medir o real consumo de cada unidade assistida.
O órgão tem uma dívida monstruosa especialmente com a CEMIG, segundo divulgado de mais de R$ 50 milhões, já executada judicialmente e nunca paga pelo DAMAE.
Além dos débitos do próprio Departamento Municipal de Água e Esgoto, o órgão tem pessimamente administrado, o seu faturamento, cuja cobrança não é realizada nos moldes observados pelas empresas similares do resto do país; consumidores não pagam nem tampouco têm seu fornecimento cortado.
Esse quadro o MPMG quer mudar, transferindo essa obrigação de resolver com sua gestão, tanto ao prefeito atual como também ao diretor geral do DAMAE.
Interessante é que não se falou na responsabilidade de ex-prefeitos, a quem coube a direção do DAMAE e nada fizeram para preservar o patrimônio do município, como dono da empresa.