A mais frequente abordagem que o governo do Estado faz sobre a COPASA está no “compromisso” de privatizá-la; compromisso com quem ele não diz. Na gestão da estatal mineira concessionária dos serviços de saneamento básico, em boa parte dos finais de ano, o mais importante assunto são as discussões dos generosos bônus que engordam as contas dos seus diretores e conselheiros.
E não é pouca grana, porque a empresa dá um lucro considerável. Isso ocorre, óbvio, porque a cabeça dos gestores da empresa deve se aplicar prioritariamente no lucro, deixando as obras que são responsabilidade social da COPASA, como a universalização dos serviços de água e esgoto sempre como uma meta longínqua. O Ribeirão Macacos, por exemplo, recebe, há décadas, esgoto de boa parte do município de Nova Lima. Centenas de cidades do interior do Estado passam, há décadas, pelo mesmo inconveniente, de jogar o esgoto coletado em rios e cursos d’água. E o que faz a direção da COPASA e o governo do Estado? NADA.
Parece que se lixam para essas cidades onde, em muitas delas, o esgoto é cobrado na conta d’água mensal, que chega pontualmente à casa dos consumidores. Será que o Ministério Público de MG teria interesse em investigar esse assunto, de uma cobrança sistemática por um serviço que não executa?