O prefeito de Mariana, Juliano Duarte bateu na mesa para dizer que não aceitará o acordo firmado pelo Governo Federal, pelos governos estaduais de Minas Gerais e do Espírito Santo, pelo Ministério Público Federal e Estadual de R$ 170 bilhões, porque aqueles que o firmaram não tiveram o respeito pelos municípios e, portanto, não os chamaram para discutir o interesse de cada um deles, que foram os reais atingidos pelo rompimento da barragem que matou vinte pessoas e arrasou cidades inteiras; a lama que vazou da barragem poluiu definitivamente o Rio Doce, contaminou terras agricultáveis, matou criações, liquidou casas, propriedades rurais, pontos de comércio e indústrias.
Trata-se, segundo técnicos no assunto, da maior tragédia ambiental ocorrida no mundo nas últimas décadas. Do valor de R$ 170 bilhões, caberão aos municípios, como um favor, R$ 6,1 bilhões, o que representa apenas 3,5% do valor total do acordo.
Em novembro próximo essa tragédia fará 10 anos de ocorrida. Realmente, foram os municípios os grandes lesados.