São palavras sinônimas, conforme os dicionários atualizados.
O termo ‘leniência’ está em grande parte das decisões judiciais que chamaram às falas as grandes empreiteiras nacionais, acusadas de molharem a mão de governantes brasileiros, do Oiapoque ao Chuí, como diria a canção da nossa cantora Simone.
Molhar a mão mas superfaturando, claro, porque nesse meio ninguém é Madre Tereza de Calcutá.
Pois bem: em Minas, traduziu-se em ‘Acordo de Leniência’ tudo que foi surrupiado na construção da Cidade Administrativa e em outras incursões na Cemig, et cetera, mas põe cetera nisso.
Matéria assinada pelo repórter de O TEMPO Gabriel Ferreira Borges (muito bem apurada, escrita e editada, por sinal), traz a informação de que dos seis acordos de leniência firmados com o Estado de MG, dois acabam de ser rescindidos: o acordado com a Coesa e o outro, com a Andrade Gutierrez.
Não se trata apenas de leniência; tais fraudes investigadas ocorreram entre 2008 e 2010.
Estamos em 2025 e a Coesa há mais de 3 anos que reluta em apresentar uma garantia bancária ou aval, assegurando ao Estado de Minas Gerais que cumpriria o acordo.
A Andrade Gutierrez, também beneficiada pela brandura do Estado, subscreveu em 2021 um acordo de R$ 128 milhões, mas pagou apenas uma prestação.
Isso é uma brincadeira; da parte do Estado, por que somente agora essas providências de rescisão do acordo foram tomadas?