A pressão da CEMIG sobre o DAMAE, empresa pública de propriedade do município de São João Del Rey e que deve à CEMIG uma cifra milionária, superior a R$ 100 milhões, com cobrança judicial transitada em julgado em todas as instâncias, é um dos maiores absurdos que se tem notícia em Minas; paralelamente, o tal DAMAE nunca foi auditado, o que nesse momento talvez coubesse ao Ministério Público de Minas Gerais e ao Tribunal de Contas.
Desnecessário esperar alguma ação da Câmara Municipal sempre teve, em grande parte de seus vereadores, interferindo no órgão, há décadas, o corrosivo benefício do empreguismo.
O DAMAE nunca mediu a água que fornece aos consumidores, porque não tem hidrômetros; nunca fiscalizou as ligações nas casas, nunca fez qualquer esforço nesse sentido porque isso fazia parte de uma ação populista dos ex-prefeitos.
E São João não é uma cidade que está no interior do Amazonas; está na cara desses órgãos de fiscalização da aplicação da lei e de seu cumprimento.
Um saco de omissões e de irresponsabilidades com o patrimônio público.
Quem pagará por isso?