E com a transcrição de um texto de Carlos Drummond de Andrade, Durval Ângelo finalizou: “Não serei o poeta de um mundo caduco. Também não cantarei o mundo futuro. Estou preso à vida e olho meus companheiros. Estão taciturnos, mas nutrem grandes esperanças. Entre eles, considero a enorme realidade. O presente é tão grande, não nos afastemos. Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas. Não serei o cantor de uma mulher, de uma história, não direi os suspiros ao anoitecer, a paisagem vista da janela, não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida, não fugirei para as ilhas nem serei raptado por serafins. O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes, a vida presente. Com este poema de Carlos Drummond de Andrade, reafirmo meu compromisso de viver o tempo presente, de trabalhar com meus companheiros e de dedicar nossa gestão à construção de um futuro melhor para a sociedade mineira, pois “AINDA ESTAMOS AQUI”.”
