Entra presidente e sai presidente na COPASA e os discursos que sempre se atualizam são, primeiro, as demonstrações de lucros da empresa e a sua distribuição para os investidores, com todo alarde. Via de consequência, claro, também o pagamento dos bônus ao presidente, aos diretores e demais agraciados; funcionários, depois de muita luta, costumam ser lembrados.
O que ninguém lembra é que esses lucros, muitas vezes, não derivam de excelentes programas de gestão, inovações nos controles, administração de compras e de estoques. Isso, óbvio, acontece, mas ninguém fala, por exemplo, na qualidade dos serviços de distribuição, entrega e cobrança da água que a COPASA fornece. Do esgoto, cobrado e em milhares de situações, não coletado, não tratado e jogado em córregos e rios.
E, pior: muitas vezes cobrado na conta mensal e não existente. Em milhares de contas essas verbas estão lá, que as vezes pouco significam num mês, mas esse serviço, não prestado, se multiplica por meses, anos, décadas. Mas o Ministério Público de MG talvez não saiba disso.