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Assédio moral agora é lei, senhores corregedores

Ouvida pela coluna, a investigadora da Polícia Civil Jaqueline Evangelista Rodrigues, vem lutando como consegue para ter seus direitos avaliados dentro da lei e que, conforme revela, abolir a condição de viver, como ultimamente, como se fosse ela a agressora.

A servidora Jaqueline afirmou que, no âmbito das decisões da Corregedoria de Polícia Civil, foi tratada como agente do assédio, e seu assediador a nada responde.

Ouvida pela coluna, ela afirmou: “Antes não havia a previsão para o assédio moral, mas para o sexual, sim. Assédio sexual é uma agressão física que configura o inciso IV do artigo 250 e existe desde 1952. Então a lei Rafaela Drumond pode ser só mais um inciso se a PCMG continuar não obedecendo o Estatuto do servidor mineiro. Eu sofri os assédios em 2020 e sofro perseguições até hoje por ter denunciado o que me aconteceu à Corregedoria. Já o policial que me assediou foi promovido, fez curso de chefia, faz cursos na Acadepol e eu não consigo há 3 anos qualquer tipo de aperfeiçoamento ou treinamento. Retiraram a minha arma em uma perícia a partir de recomendação do Gabinete do Senhor Governador Romeu Zema, uma perícia ilegal porque governador não tem autonomia pra me mandar para perícia e até hoje não devolveram a minha arma e minha identidade funcional. Querem que eu assine para ser periciada, sendo que eu fui periciada sem assinatura ou justificativa para essa perícia que me tirou a arma e funcional. Mesmo sabendo que tenho medida protetiva contra o abusador, a diretoria de perícias médicas me retirou a arma, me tornando um alvo fácil nas ruas. Desde agosto que vivo trancada em casa com medo de ser morta nas ruas, porque esse ajustamento funcional ABUSIVO que eu sofri a partir do Gabinete do Zema foi publicado em nossa intranet; então o policial que me assediou sabe que estou desarmada. Eu vivo em constante vigilância, com medo de ser morta e saber que não sou eu a protegida pela PCMG. Além disso, ao policial que me assediou foi dado o direito de escolher onde trabalhar e eu venho sendo colocada de tempo em tempo em setores hostis a minha presença. Continuo sendo assediada por servidores que não me querem mais dentro da PCMG por eu ter delatado um “colega”. Embora não sejam todos, porque tenho muita solidariedade de inúmeros colegas, mas esses que continuam me assediando têm o respaldo ou conivência da atual gestão para assim continuarem a proceder. Inclusive pela primeira vez em toda a minha profissão fui mal pontuada na avaliação de desempenho anual com atribuições que nem são minhas, que nem poderiam motivar o rebaixamento das minhas notas. Embora doente e esgotada, nunca deixei de trabalhar e agora ferram de vez com a minha carreira pela qual sempre tive tanto zelo e amor. Tenho um profundo respeito pela população mineira e sempre trabalhei com muita responsabilidade. É uma grande decepção e tristeza o que eu vivo atualmente porque sei que sou excelente servidora para o povo mineiro”, finalizou.

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Luiz Tito

Luiz Tito

Luiz Tito trabalhou na equipe que colaborou na fundação no Jornal O Tempo, em 1996. Foi diretor da Sempre Editora, dona dos veículos O Tempo, Pampulha e Super, passando depois a responder pela vice-presidência da empresa. Afastou-se da Sempre Editora para ocupar a Diretoria Jurídica do Grupo Sada, de onde também se desligou, após mais de duas décadas de trabalho, vinculado ao citado Grupo. 

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