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Acordo de Mariana pela goela abaixo?

Esta semana estará sempre marcada pelo fechamento do acordo de Mariana, celebrado pelo Estado, Tribunal de Justiça de MG, MPF, MPMG e as empresas Samarco, com suas controladoras Vale Mineração e a internacional BHP. Por decisão do STF, ontem, quinta-feira, 06 de março, foi o prazo limite para que os municípios aderissem ao acordo.

A discordância dos municípios que ficaram de fora foi no sentido de que, decorridos quase 10 anos da tragédia considerada uma das maiores e de mais graves repercussões na vida das cidades atingidas em toda região por onde passou a lama, com sua população frontalmente lesada, 20 pessoas mortas, centenas de feridos, casas, pertences, animais, o meio ambiente, tudo arrasado, os prefeitos não estivessem presentes na mesa de discussões dos valores, prazos e formas de pagamento da indenização.

O balanço registra que dos 49 municípios arrasados pelo rompimento da barragem em Mariana, 26 assinaram o acordo e outros 23 estão dentro da ação movida em Londres, que tem uma expectativa de um valor maior para ser rateado entre elas. O que o prazo determinado pelo STF significará na prática, diante dessa adesão parcial?

A verba reservada para elas, as 23 cidades que ficaram fora do acordo, junto com Mariana e Ouro Preto, será devolvida para a Samarco, BHP e Vale? Ou será dividida pelos municípios que aderiram ao acordo? De que vale esse impedimento expedido pelo STF?

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Luiz Tito

Luiz Tito

Luiz Tito trabalhou na equipe que colaborou na fundação no Jornal O Tempo, em 1996. Foi diretor da Sempre Editora, dona dos veículos O Tempo, Pampulha e Super, passando depois a responder pela vice-presidência da empresa. Afastou-se da Sempre Editora para ocupar a Diretoria Jurídica do Grupo Sada, de onde também se desligou, após mais de duas décadas de trabalho, vinculado ao citado Grupo.