Não há dia que os mineiros não se surpreendam com uma decisão do Governo do Estado em vender, alugar, conceder, entregar ou mesmo buscar um negocinho capaz de revelar Minas Gerais, sempre, como um Estado que só se interessa em se desfazer de seu patrimônio, mas com graves ressalvas, claro.
Primeiro, nessa mesma gana de cobrar, de arrecadar, de criar pedágios, explorar onde e quem puder, há grupos privilegiados, queridos da Secretaria da Fazenda, como, por exemplo, os beneficiários de generosas isenções, incentivos e renúncias fiscais.
Isso, mais do que tudo, deveria ser nesse momento, a preocupação da Assembleia Legislativa, do Tribunal de Contas e da imprensa. Não é possível que esses sortudos empresários gerem tanto medo nessas forças em que a sociedade sempre confiou como quem pudesse oferecer reações em defesa do interesse público. Quais as razões dessa inércia, que nos comunica tanta desesperança?