O Governo do Estado de MG e seus encarregados do balcão de vendas estão aplicados em vender a Copasa. Um estudioso do comportamento humano disse à coluna que essa vocação para se desfazer das coisas pode estar diretamente relacionada com a incompetência e aversão ao trabalho daqueles que deveriam ter a responsabilidade de gerir e conservar as coisas herdadas.
Embora pareça, esse não deve ser o caso do governo Romeu Zema, que sempre quer vender aquilo que acha que não se enquadra como adequado ao perfil do Estado. Não que isso seja, também o que pode parecer, como uma imensa dificuldade de gerir. Mas tanto na Copasa como na Cemig observa-se uma fanática obsessão pelo lucro financeiro daqueles que estão lá sentados, como dirigentes de ambas as estatais.
São empresas públicas, construídas com dinheiro público e que enxergam como resultado da danosa operação de ambas as empresas apenas os resultados financeiros, muitas vezes consequência de péssimos serviços prestados aos seus consumidores. Ambas são concessionárias de serviços públicos, mas não há dia que não se saiba de reclamações as mais absurdas, como a falta de tratamento de esgotos, que em inúmeras cidades do Estado são despejados diretamente em córregos e rios, embora, em vários casos, sejam devidamente cobrados da população os serviços que não prestam.
No caso da energia elétrica, quem mora ou viaja pelo interior de Minas, da mesma forma, todos os dias tromba com a falta de luz, provocando, especialmente no campo, a perda lamentável da produção, pela dificuldade de armazenamento de carnes, leite e outros produtos.
Na próxima quinta-feira, 29, às 14:30h, a ALMG vai realizar audiência pública para debater as condições de trabalho na COPASA e na COPANOR.