O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil apresentou um crescimento de 0,9% no terceiro trimestre de 2024 em comparação com o segundo, conforme dados divulgados nesta quarta-feira (06) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado, que está em linha com as projeções de analistas, também mostrou uma expansão de 4% frente ao mesmo período de 2023.
Serviços Impulsionam a Economia, Mas Desempenho Agrícola Fica Abaixo das Expectativas
O setor de serviços, com uma alta de 0,9%, foi o principal motor da economia brasileira, refletindo o desempenho robusto do segmento desde a pandemia. A indústria também contribuiu positivamente para o crescimento, com um avanço de 0,6%. Contudo, a agropecuária apresentou uma retração de 0,9%, impactando o resultado geral da economia.
Consumo das Famílias e Investimentos Sustentam o Crescimento
No lado da demanda, o consumo das famílias e os gastos públicos ajudaram a impulsionar o crescimento do PIB, com aumentos de 1,5% e 0,8%, respectivamente. O investimento em formação bruta de capital fixo, que abrange investimentos em infraestrutura e máquinas, também seguiu sua trajetória de alta, registrando um aumento de 2,1% no período.
Projeção de Crescimento para 2024 e Desafios Futuros
Cláudia Moreno, economista do C6 Bank, afirmou que os dados do terceiro trimestre mostraram uma economia mais resiliente do que o esperado, o que pode ser atribuído ao aquecimento do mercado de trabalho. Diante desse cenário, a equipe econômica do banco revisou sua previsão de crescimento do PIB para 2024, elevando-a para 3,2%. Para 2025, a projeção é de uma expansão de 1,5%, também com viés de alta.
Entretanto, a economista alerta que, para que o Brasil consiga sustentar esse ritmo de crescimento, é essencial que haja ganhos de produtividade. Segundo ela, a ausência desse avanço pode resultar em um aquecimento da economia além de sua capacidade, o que tornaria o controle da inflação mais desafiador.