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Belo Horizonte lidera inflação acumulada entre capitais nos últimos 12 meses

O indicador na capital mineira alcançou 5,4%, superando a média nacional de 4,5% no mesmo período.
Belo Horizonte lidera inflação acumulada entre capitais nos últimos 12 meses
Reprodução

Belo Horizonte foi destacada como a capital brasileira com maior inflação acumulada em 12 meses, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado pelo IBGE. O indicador na capital mineira alcançou 5,4%, superando a média nacional de 4,5% no mesmo período.

O aumento, impulsionado por reajustes nos preços da energia elétrica e do transporte coletivo urbano, faz com que a cidade registre uma alta de 0,13% no índice em janeiro, acima da média nacional de 0,11%. Segundo o economista do C6 Bank, Heliezer Jacob, “a energia elétrica e a elevação nos preços do ônibus urbano foram os principais responsáveis pela inflação elevada em Belo Horizonte nos últimos 12 meses.”

Transporte urbano e energia elétrica pressionam a inflação

No setor de transporte coletivo, os ônibus urbanos em Belo Horizonte registraram aumento de 11% nos últimos 12 meses, enquanto a média nacional foi de 3%. Apenas em dezembro, a alta na capital foi de 4%, muito superior ao avanço de 0,46% observado no país.

Já os preços da energia elétrica na cidade tiveram uma deflação de 7% no acumulado do período, mas ainda assim, menor que a deflação nacional de 14,2%, o que contribuiu para a pressão inflacionária local.

Cenário nacional aponta resistência na inflação de serviços

Em nível nacional, a prévia da inflação medida pelo IPCA-15 apresentou alta de 0,11% em janeiro, com a inflação de serviços subjacentes subindo 0,96% no mês e acumulando 6% em 12 meses. Segundo o C6 Bank, esse cenário reflete a influência de um mercado de trabalho aquecido, dificultando uma desaceleração significativa da inflação de serviços no curto prazo.

A previsão do banco para o IPCA em 2025 é de 5,7%, acima do teto da meta. “Acreditamos que a Selic deverá atingir 15% em junho e permanecer nesse patamar até o final de 2026, diante do atual cenário inflacionário”, concluiu Jacob.

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Redação Bem Minas

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