Belo Horizonte registrou, em dezembro de 2024, uma inflação de 0,25%, conforme dados do IPCA, índice que mede a inflação oficial no Brasil. Apesar do índice mensal estar abaixo da média nacional (0,52%), o acumulado do ano na capital mineira alcançou 6,0%, superando significativamente a média nacional de 4,8%.
No ranking das capitais pesquisadas pelo IBGE, Belo Horizonte aparece como a 2ª maior inflação acumulada em 2024, ficando atrás apenas de São Luís, que liderou o levantamento com alta de 6,5%.
Principais fatores para alta da inflação
Entre os fatores que impulsionaram a inflação na capital mineira estão os reajustes nos preços dos combustíveis (14,5%) e da energia elétrica residencial (6,2%), ambos acima da média nacional. Para o economista do C6 Bank, Heliezer Jacob, esses aumentos foram decisivos para o desempenho inflacionário de Belo Horizonte.
Perspectivas para 2025
O cenário econômico do próximo ano deve permanecer desafiador. De acordo com o C6 Bank, a combinação de um mercado de trabalho aquecido e a expectativa de desvalorização cambial pode pressionar ainda mais a inflação nacional. A instituição projeta que o IPCA de 2025 encerrará o ano em 5,7%, ultrapassando o teto da meta estabelecida para o período.
Diante desse panorama, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central deve manter a estratégia de elevação dos juros para conter a inflação. “Nossa expectativa é de um aumento de 1 ponto percentual na Selic no final deste mês, com novos ajustes nas reuniões seguintes, levando a taxa básica de juros para 15% até junho”, afirmou Jacob.
A trajetória dos preços continuará sendo um desafio tanto para os consumidores quanto para os gestores da política econômica no próximo ano.