Nesta segunda-feira (09), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou a deputada estadual de Minas Gerais, Macaé Evaristo (PT), como a nova ministra dos Direitos Humanos e Cidadania. Macaé sucederá Silvio Almeida, que deixou o cargo na última sexta-feira (06), terá sua nomeação formalizada nos próximos dias. Com uma longa trajetória em defesa da educação pública e dos direitos das minorias, Macaé assume o ministério em um momento de desafios para a promoção da igualdade racial e dos direitos humanos no Brasil.
Natural de São Gonçalo do Pará, no centro-oeste de Minas Gerais, Macaé Evaristo, de 59 anos, tem uma carreira marcada pelo combate à discriminação racial e pela promoção dos direitos das mulheres. Professora desde os 19 anos, ela é formada em Serviço Social pela PUC Minas e mestre em Educação pela UFMG. Ao longo de sua carreira, ocupou importantes cargos na administração pública, sendo a primeira mulher negra a assumir as secretarias de Educação de Belo Horizonte (2005-2012) e de Minas Gerais (2015-2018). Macaé também atuou no governo Dilma Rousseff como secretária nacional de Diversidade no Ministério da Educação, onde coordenou projetos como a implantação de escolas indígenas e a política de cotas para o ensino superior.
Eleita vereadora de Belo Horizonte em 2020 e deputada estadual em 2022, Macaé Evaristo tem se destacado como uma crítica das políticas do governador Romeu Zema (Novo) e do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), especialmente no que diz respeito à educação. Em suas redes sociais, membros do PT elogiaram a nomeação, destacando seu compromisso com a defesa dos direitos de mulheres, negros, indígenas, LGBTQIA+ e outras minorias. O deputado federal Rogério Correia (PT-MG) afirmou que Macaé tem todas as credenciais para liderar o ministério, ressaltando que sua nomeação fortalece a bancada mineira do Partido dos Trabalhadores.
Ao longo de sua trajetória política, Macaé Evaristo coordenou importantes programas educacionais, como a Escola Integral e a Escola Integrada em Belo Horizonte, além de trabalhar para ampliar a inclusão no ensino superior para estudantes de escolas públicas, negros e indígenas. Sua atuação no Ministério da Educação durante o governo Dilma foi marcada pela defesa da diversidade e da inclusão, com foco na educação continuada e na alfabetização.
Agora, à frente do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, Macaé Evaristo deverá enfrentar grandes desafios na promoção dos direitos das populações mais vulneráveis do Brasil, dando continuidade ao legado de Silvio Almeida e reforçando o compromisso do governo Lula com a igualdade racial e a inclusão social.