Nesta segunda-feira (20), em celebração ao Dia Nacional e Mundial do Queijo, a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) reforça seu papel na preservação e valorização do Queijo Minas Artesanal (QMA). A instituição, que também oferece o curso de Tecnologia de Laticínios no Instituto de Laticínios Cândido Tostes (ILCT), em Juiz de Fora, Zona da Mata Mineira, lidera estudos que destacam a importância desse patrimônio cultural.
Entre as iniciativas mais recentes está a pesquisa “Caracterização do Queijo Minas Artesanal da Região Serras da Ibitipoca”, concluída em dezembro de 2023. O estudo avaliou o processo de maturação do queijo em condições climáticas distintas – o verão, marcado por umidade, e o inverno, mais seco. A pesquisa agregou valor ao produto e fortaleceu a produção na região reconhecida como um dos territórios tradicionais do QMA.
Pesquisas e tecnologia impulsionam o QMA
De acordo com o pesquisador e professor do ILCT, Junio de Paula, a Epamig tem papel essencial na caracterização do Queijo Minas Artesanal em Minas Gerais. “A instituição identifica características sensoriais, físico-químicas, microbiológicas e tecnológicas do produto, valorizando os territórios produtores e relacionando o queijo ao terroir de cada região”, destaca.
Além disso, a empresa oferece suporte técnico aos produtores, monitorando a qualidade e promovendo capacitações para aprimorar os processos produtivos. Essas iniciativas não apenas preservam a tradição artesanal, mas também garantem a segurança e a competitividade do produto em mercados nacionais e internacionais.
A aplicação de tecnologia é um dos fatores-chave para o reconhecimento do QMA em premiações. No ano passado, queijos artesanais mineiros conquistaram dez medalhas de ouro no Mondial du Fromage et des Produits Laitiers, na França, competição que reconheceu 17 queijos brasileiros com ouro. Junio enfatiza que a tecnologia permite o controle de qualidade, a rastreabilidade e o cumprimento de normas sanitárias, sem comprometer a identidade artesanal.
Reconhecimento global pela Unesco
Outro marco na trajetória do Queijo Minas Artesanal foi o reconhecimento dos seus modos de produção como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Unesco, em 4 de dezembro de 2024. Esse feito coloca o QMA como o primeiro produto da cultura alimentar brasileira a integrar a lista representativa da Unesco, destacando Minas Gerais como referência mundial na produção de queijos artesanais.
Com iniciativas que promovem a tradição, inovação e competitividade, o Queijo Minas Artesanal consolida sua relevância cultural e econômica, reforçando o protagonismo do Brasil no cenário global de laticínios.
Com: Agência Minas