Na manhã deste domingo (16), na Praça da Liberdade, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, manifestantes se reuniram para pedir anistia aos envolvidos nos ataques aos prédios dos Três Poderes, ocorridos em 8 de janeiro de 2023.
A manifestação, organizada por cidadãos sem a presença de lideranças políticas de peso da direita, ocorreu em paralelo ao ato principal da oposição ao governo federal, realizado em Copacabana, no Rio de Janeiro, a pedido do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Com faixas e cartazes criticando o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e defendendo pautas como a recontagem de votos e a liberdade de expressão, os manifestantes também declararam apoio ao ex-presidente Bolsonaro e ao general Braga Netto, preso recentemente sob suspeita de envolvimento em um plano para monitorar delações e financiar ações de militares contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
Vestidos de verde e amarelo e com bandeiras do Brasil e de Israel, os participantes posicionaram um carro de som em frente ao Palácio da Liberdade, acompanhado por um boneco inflável de Bolsonaro e uma faixa que dizia: “Presidente Bolsonaro, estamos com você!”. Adesivos com frases contra o atual presidente Lula foram distribuídos entre os presentes.
Apesar da orientação de Bolsonaro para que os esforços se concentrassem no ato do Rio de Janeiro, parte das lideranças locais optou por manter a mobilização em Belo Horizonte. Segundo os organizadores, não houve uma proibição expressa para manifestações em outras cidades.
A ausência de nomes conhecidos da direita mineira foi notada. Parlamentares como o deputado federal Nikolas Ferreira (PL), o vereador Pablo Almeida (PL) e o deputado estadual Bruno Engler (PL) priorizaram o evento em Copacabana. Em Belo Horizonte, apenas o vereador Bráulio Lara (Novo) marcou presença, acompanhando os discursos mais afastado do grupo principal. Em entrevista, Lara ressaltou a necessidade de respeito às leis e à democracia.
O ato, que teve início com a execução do hino nacional e a oração de um “Pai Nosso”, foi marcado por discursos de lideranças de movimentos de direita e gritos como “Anistia já”, “Supremo é o povo” e “Volta Bolsonaro”. Um dos organizadores destacou que, apesar de eventuais divergências, o momento exige união contra o que classificou como “um inimigo comum”.