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Juros altos e inflação afetam a confiança dos empresários do comércio de Belo Horizonte

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Juros altos e inflação afetam a confiança dos empresários do comércio de Belo Horizonte

Em fevereiro de 2025, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) de Belo Horizonte apresentou uma queda significativa de 7 pontos, alcançando 101,1 pontos, de acordo com pesquisa realizada pelo Núcleo de Pesquisa & Inteligência da Fecomércio MG e pela Confederação Nacional do Comércio (CNC). Embora ainda se mantenha em um patamar de satisfação, a redução no índice reflete os impactos da alta nos juros e da inflação sobre o setor.

A pesquisa revela que a confiança dos empresários do comércio tem mostrado uma tendência de queda, principalmente nos dois primeiros meses deste ano. “A retração da confiança foi acentuada, com exceção dos meses de outubro a dezembro de 2024, quando o comércio viveu um ‘super trimestre'”, explica Gabriela Martins, economista da Fecomércio MG.

Divergência entre Pequenos e Grandes Empreendimentos

A pesquisa também aponta diferenças no nível de confiança entre empresários de diferentes portes. Enquanto os empresários de empresas com mais de 50 empregados mantêm um nível de confiança de 100,1 pontos, os de empresas menores, com menos de 50 funcionários, registram uma leve queda, atingindo 99,7 pontos. Setores como o de bens semiduráveis demonstraram maior otimismo, com 109,9 pontos, enquanto os de bens duráveis apresentaram um índice de apenas 90 pontos, abaixo do nível de confiança.

Impacto da Economia nas Expectativas do Comércio

O aumento dos juros e a alta dos preços de produtos essenciais, como combustíveis, têm levado os empresários a reavaliar suas decisões de investimento. “Esses fatores, junto com a desvalorização do real frente ao dólar, afetam diretamente a percepção dos empresários sobre a atual situação do comércio”, destaca Gabriela Martins.

Em relação às condições econômicas, 75,5% dos empresários apontaram uma piora na economia em fevereiro, com 41,5% afirmando que a situação deteriorou-se significativamente. Para 64% dos empresários, as condições do comércio também pioraram, evidenciando uma percepção negativa sobre o ambiente de negócios.

Expectativas para o Futuro e Perspectivas de Contratação

Embora o índice de expectativa do ICEC tenha recuado para 121,7 pontos em fevereiro, os empresários ainda mantêm uma visão otimista para o futuro. A expectativa para o comércio, por exemplo, caiu de 131,4 pontos para 124,9 pontos, com 67,2% dos empresários acreditando em uma evolução positiva do setor.

A perspectiva de aumento nas contratações também se manteve, com 67,2% dos empresários indicando que planejam contratar mais funcionários, embora o ritmo de contratação seja mais moderado. Em relação aos investimentos, o índice de investimento do ICEC caiu para 103,5 pontos, refletindo uma leve diminuição nos planos de expansão das empresas.

Em suma, apesar de uma leve retração na confiança dos empresários do comércio de Belo Horizonte, as expectativas para o futuro permanecem positivas, mas com cautela, diante das condições econômicas desafiadoras.

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