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Belo Horizonte tem mais de 2 mil imóveis protegidos pelo patrimônio histórico

Levantamento mostra que a maioria está concentrada na região Centro-Sul da capital, com destaque para imóveis bem conservados e potencial de reutilização
Belo Horizonte tem mais de 2 mil imóveis protegidos pelo patrimônio histórico
Divulgação/Diário do Comércio

Belo Horizonte possui um rico patrimônio histórico e cultural, com 2.133 imóveis tombados ou em processo de tombamento. A maior parte desses bens protegidos está localizada na região Centro-Sul, que concentra 1.116 propriedades (52,32%) em áreas de alto potencial econômico. Os dados são de um levantamento realizado pela Temporis Consultoria, que também identificou outras regiões com uma presença significativa de imóveis protegidos, como a região Leste, com 608 imóveis (28,5%), e a região Noroeste, com 381 imóveis (17,86%).

De acordo com a arquiteta e urbanista Ana Carolina Pereira Vaz, diretora da Temporis Consultoria, o Centro-Sul é uma área com grande valor mercadológico, oferecendo imóveis que se destacam por seu valor arquitetônico, histórico e cultural. “O Centro-Sul apresenta o maior número de imóveis de alto valor que estão disponíveis no mercado a preços atrativos e aptos para serem reutilizados e incorporados a novos empreendimentos imobiliários”, afirma Ana Carolina.

Características dos imóveis históricos e seu valor agregado

Os imóveis protegidos pelo patrimônio histórico têm características que agregam valor e os tornam únicos. Entre elas, a estética diferenciada, com projetos arquitetônicos específicos e assinados por profissionais renomados, e qualidades projetuais como espaços amplos, pé-direito elevado, além de iluminação e ventilação privilegiadas. Essas qualidades tornam tais imóveis não apenas interessantes em termos econômicos, mas também ricos em memória, simbolismo e conforto.

Conservação e restauração de imóveis tombados

A restauração e manutenção de imóveis tombados podem demandar técnicas e materiais especiais, tornando os custos mais elevados em comparação aos imóveis comuns, o que muitas vezes desencoraja potenciais compradores que buscam alternativas mais econômicas. Entretanto, dados do levantamento da Temporis mostram que 88,84% desses imóveis, ou seja, 1.895 unidades, estão em bom estado de conservação, necessitando apenas de pequenos reparos. A situação é ainda mais positiva na região Centro-Sul, onde 90,1% dos imóveis protegidos estão bem conservados.

Destaques regionais

Os bairros com os melhores índices de conservação na região Centro-Sul são Barro Preto (95,38%), Cidade Jardim (95,35%), Lourdes (95,08%) e Santo Agostinho (95,16%). Além disso, Savassi e Funcionários se destacam com 90% de seus imóveis preservados. Em outras partes da cidade, os bairros Floresta (89,35%), Colégio Batista (94,03%), Santa Tereza (87,61%) e Bonfim (86,8%) também apresentam imóveis históricos em bom estado de conservação.

O levantamento realizado pela Temporis Consultoria reforça a importância do patrimônio histórico de Belo Horizonte, destacando não apenas o seu valor cultural, mas também o seu potencial econômico e o bom estado de preservação da maioria dos imóveis tombados.

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Redação Bem Minas