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Belo Horizonte registra maior inflação anual entre capitais, puxada por combustíveis e alimentos

Com alta de 6,2% em 12 meses, inflação na capital mineira supera média nacional; economistas projetam manutenção da taxa de juros pelo Copom
Belo Horizonte registra maior inflação anual entre capitais, puxada por combustíveis e alimentos
Diário do Comércio/Divulgação

Nesta quarta-feira (08), dados do IBGE revelaram que Belo Horizonte alcançou o maior índice de inflação dos últimos 12 meses entre as capitais pesquisadas. Em outubro, o IPCA, indicador oficial da inflação, apresentou alta de 0,50% na capital mineira, ligeiramente abaixo do índice nacional de 0,56%. Com isso, a inflação acumulada nos últimos 12 meses em BH chegou a 6,2%, superando a média nacional de 4,8%.

Para o economista do C6 Bank, Heliezer Jacob, o principal fator que explica essa alta na capital mineira foi o aumento dos preços dos combustíveis, com destaque para gasolina e etanol. No período de novembro de 2023 a outubro de 2024, o preço da gasolina em Belo Horizonte subiu 13,4%, muito acima da média nacional, que ficou em 7,1%, conforme apurado pelo IBGE.

Além dos combustíveis, o grupo de Alimentação no Domicílio também contribuiu para a inflação em Belo Horizonte, com alta de 9,5% nos últimos 12 meses, superior à média nacional de 7,3%.

Projeções do C6 Bank apontam que o IPCA nacional deverá encerrar o ano em 4,7%, ultrapassando o teto da meta de inflação. Para 2025, a previsão é de uma inflação de 5%, o que, segundo o banco, pode exigir que o Comitê de Política Monetária (Copom) mantenha o atual patamar de juros em 11,25% na próxima reunião de dezembro.

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Lorena Cordeiro

Lorena Cordeiro

Jornalista e mestre em Comunicação pela Universidade Federal de Ouro Preto – UFOP. Repórter no Portal Bem Minas desde 2020 nas editorias Meio Ambiente, Mineração e Energias Renováveis.