A construção civil, sendo uma das indústrias mais impactantes no desenvolvimento urbano e rural, carrega uma significativa responsabilidade social e cultural. Este setor, além de moldar fisicamente os ambientes, influencia diretamente a qualidade de vida das pessoas e a preservação do patrimônio cultural.
Ramalho da Construção, presidente licenciado do Sintracon-SP (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil de São Paulo), que é um dos maiores sindicatos de trabalhadores da América Latina e representa mais de 400 mil trabalhadores da construção civil, explica que as obras de construção civil devem ser planejadas e executadas de maneira que não apenas atendam aos critérios ecológicos e econômicos, mas também promovam justiça social e aceitação cultural.
Sobre esses aspectos Ramalho descreve:
– Do ponto de vista ambiental, é imperativo que os projetos de construção adotem práticas sustentáveis, minimizando o impacto ambiental. Isso inclui o uso de materiais de construção ecologicamente corretos, a implementação de técnicas de construção que reduzam o desperdício e a integração de soluções de eficiência energética.
A sustentabilidade não é apenas uma tendência, mas uma necessidade urgente para garantir que as gerações futuras herdem um planeta habitável.
– Economicamente, as obras precisam ser viáveis para garantir que os recursos investidos sejam utilizados de maneira eficiente e responsável. No entanto, a busca pela viabilidade econômica não deve comprometer a qualidade e a sustentabilidade dos projetos.
É crucial que haja um equilíbrio entre custo e benefício, garantindo que as construções sejam acessíveis e duráveis.
– A responsabilidade social da construção civil inclui a criação de empregos justos e o respeito aos direitos dos trabalhadores: investir na valorização e no desenvolvimento pessoal e profissional de quem trabalha no setor, como alfabetização nos canteiros de obra e cursos de capacitação que fomentam a qualificação individual e a transformação digital do setor para profissionais de diversas funções.
Essas ações que visam à melhoria da qualidade de vida, do bem-estar e da saúde é uma boa prática social na indústria da construção, essa iniciativa ganha cada vez mais destaque.
– Culturalmente, é fundamental que as construções respeitem e preservem o patrimônio histórico e as tradições locais. Obras que ignoram o contexto cultural podem causar danos irreparáveis ao legado histórico e à identidade das comunidades. Por isso, o envolvimento das comunidades locais no processo de planejamento e a consideração de suas necessidades e valores são essenciais para o sucesso dos projetos, conclui o líder sindical.
As empresas no setor da construção civil devem se empenhar em adotar práticas cada vez mais sustentáveis, reforçando sua responsabilidade social e compromisso com o respeito às comunidades locais.
Desse modo, a construção civil deve ser reconhecida como um agente de transformação não só física, mas também social e cultural. Projetos que são ambientalmente responsáveis, economicamente viáveis, socialmente equitativos e culturalmente aceitos não apenas satisfazem as necessidades presentes, mas também promovem um futuro mais sustentável e justo.
Com: AL9 Comunicação