Nessa segunda-feira, 06, o facão, considerado utilíssimo instrumento político e sempre muito requisitado nas sucessões e embates políticos, terá destaque especial na extensão do Diário Oficial do Município de BH.
Serão devolvidos aos seus lares aqueles nomes que na legislatura passada foram indicados pelos vereadores que não votaram com o grupo de Fuad e Álvaro Damião na composição da mesa.
É lamentável, mas o processo assim se dá; estará aberta uma nova temporada de negociações. As versões que justificam o quadro que a Prefeitura e a Câmara viverão, para muitos inclui a traição denunciada pelo grupo que assumiu a mesa da Câmara, que se disse surpreendida com a candidatura lançada no dia 24 de dezembro do vereador Bruno Miranda, por eles considerado como traidor, já que o processo se achava pacificado, sobretudo diante da promessa do prefeito Fuad Noman de que não interferiria no legislativo.
Outros ingredientes, contudo, estão na mesa e passam pelo receio de que o secretário de Estado Marcelo Aro venha a usar a Câmara Municipal para colocar a Prefeitura de BH a serviço de sua eventual candidatura ao Senado Federal, junto com o Governador Romeu Zema, ficando com ambos a disputa das duas vagas de senador, em 2026.
Diante dessa possibilidade, negociar com Aro o apoio político da Câmara a Fuad e Álvaro Damião em troca de metade dos cargos da Prefeitura de BH seria não apenas um erro político, como também matemático.
Seria muito mais fácil e eficaz negociar com os próprios vereadores, sem intermediários.