Desde sua fundação, a FIEMG nunca teve mandato de presidentes e diretores, prorrogado. É tradição de Minas cumprir os tempos dos mandatos conquistados e trabalhar as sucessões, quando tal prerrogativa é reconhecida.
Nessa mesma linha, esse foi o argumento usado para a não prorrogação do mandato do ex-presidente da entidade, Olavo Machado, sucedido pelo atual presidente, Flávio Roscoe e seus conselheiros. Agora, depois de estarem a mais de seis anos à frente da FIEMG, surge um “apelo” de um de seus conselheiros, ponderando que “mandatos curtos como esse segundo em andamento, são insuficientes para a conclusão de grandes projetos como os liderados pela atual Diretoria. A título de exemplo, temos a expansão das escolas. Será de grande valia que a gestão atual tenha a oportunidade de inaugurar a totalidade ou, ao menos, a maioria dos empreendimentos…”.
Projetos são da FIEMG e não de diretorias. São da instituição.
A menos que Flávio Roscoe esteja pensando em se candidatar a algum cargo eletivo em outubro de 2026, a prorrogação de seu mandato seria simplesmente a institucionalização de um “reinado”, de uma monarquia e, também, no mínimo, um ato imoral, esse de querer que quem já está lá dentro, assuma a faculdade de prorrogar o próprio mandato para além daquele para o qual foram eleitos, presidente, diretores e conselheiros.
Todos já inauguraram muito, viajaram muito, influíram muito, e se não bastaram sete anos à frente da FIEMG, lamentem. Deem lugar para os novos, para novas ideias, novos projetos.
Larguem o osso, amigos.