O TCE-MG está fazendo auditorias nos hospitais e demais unidades de saúde do Estado, encontrando, infelizmente, problemas em quase 99% delas; pode ser considerado como nojento o desleixo com a saúde pública em quase todo Estado.
Em algumas faltam medicamentos, em outras as condições encontradas das instalações não atendem aos preceitos mínimos de higiene e/ou funcionalidade. Há aquelas nas quais as folhas de ponto são assinadas pelo mês todo, obra de médicos e enfermeiros fantasmas.
Não são; é porque eles estão em seus consultórios, ou em outros hospitais ou na tranquilidade do lar. Em algumas, tais problemas estão todos reunidos e assim seguirão, pela incompetência de gestão da Secretaria de Estado da Saúde.
Nesta segunda, 11, a licitação para seleção da empresa que continuará se encarregando da esterilização e administração de ferramentas médicas no Hospital João XXIII foi homologada pela Fhemig, autorizando a celebração de contrato com a empresa 3 ALBE Ltda., que já está naquela unidade há mais cinco anos; o novo contrato estenderá essa relação por mais cinco anos, podendo ser renovado por igual período.
Nesses primeiros cinco anos, o valor a ser arrecadado pela vencedora, que, talvez pelas circunstâncias do contrato ganhou sem concorrentes, chegará a R$ 53.733.420,00.
Isso mesmo: cinquenta e três milhões e setecentos e trinta e três mil reais.
O TCE-MG e o MP de Contas têm se debruçado sobre esses contratos, o que muitas vezes dá a oportunidade de corrigirem pequenos detalhes, para o bem do erário e prevenir seus signatários de que seus patrimônios possam ser comprometidos para indenizar eventuais reparações.