Para os sindicalistas, as terceirizações na Copasa e a consequente precarização dos serviços fazem parte de uma estratégia de privatização da empresa pelo governo de Minas Gerais.
Na próxima quarta-feira (08), os trabalhadores da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) vão realizar uma paralisação para demonstrar o descontentamento da classe com as demissões coletivas anunciadas pela empresa.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Purificação e Distribuição de Água e em Serviços de Esgotos do Estado de Minas Gerais (Sindágua), as novas medidas adotadas pela Copasa geram preocupação entre os funcionários devido à ameaça direta à estabilidade de emprego e aos direitos trabalhistas conquistados ao longo dos anos pela categoria.
Segundo o presidente do Sindágua, Eduardo Pereira, as empresas públicas de serviços essenciais e estratégicos, como Copasa e Cemig, são fundamentais para a saúde da população e o desenvolvimento do Estado. “O governo Zema não está preocupado com as demandas da população. Sua gestão é voltada para os interesses dos empresários. Ele esquece, de forma deliberada, o compromisso social do Estado, estabelecido pela Constituição, e insiste em privatizar as empresas públicas de Minas, desprezando a nossa soberania”, disse.
Para ele, os servidores temem a privatização do saneamento básico em Minas Gerais.
“Os servidores temem os impactos da privatização do saneamento, que resulta na precarização dos serviços, aumento das tarifas e exclusão de comunidades vulneráveis do acesso à água potável e ao tratamento de esgoto”, completou.
Para os sindicalistas, as terceirizações na Copasa e a consequente precarização dos serviços fazem parte de uma estratégia de privatização da empresa pelo governo de Minas Gerais.
O ato está previsto para acontecer às 8 horas na regional da Copasa, localizada na rua Mar de Espanha no bairro Santo Antônio.
Paralisação se reunirá em ato na Assembleia Legislativa com outros sindicatos
Às 9h30 o grupo pretende caminhar até a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) onde se reunirá com outros sindicatos e movimentos que oferecem apoio aos trabalhadores da Copasa e também pedem por outras demandas.
A paralisação é organizada pela Frente Mineira em Defesa do Serviço Público, composta por várias entidades do movimento sindical, como o Sindágua, além de movimentos sociais e populares. A mobilização contará com a participação de trabalhadores do setor energético e das áreas de saúde, educação, justiça, fiscalização, segurança pública e do meio ambiente.
De acordo com Jefferson Silva, Secretário Geral do Sindicato Intermunicipal dos Trabalhadores na Indústria Energética de Minas Gerais (Sindieletro-MG), o ato na ALMG também manifesta contra o arrocho salarial, o aumento das taxas do IPSEMG e o desmonte da rede de serviços públicos.
O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) está organizando caravanas para levar os trabalhadores que têm interesse em participar do ato. Para saber mais informações é necessário entrar em contato com a subsede mais próxima a você.